Academias de natação de São Paulo investem cada vez mais em aulas de sobrevivência na água para crianças. O objetivo é conscientizar pais e filhos dos cuidados a serem tomados perto de piscinas, praias e lagos, locais frequentemente visitados com a proximidade do verão.
Saber nadar é importante, mas, para Marcelo Augusto Lopes, coordenador de natação da Competition, rede de academias de São Paulo, “trabalhar a questão da sobrevivência de forma lúdica já coloca (as crianças) perto da realidade e as deixa mais preparadas”.
Divididas por faixa etária, as crianças colocam coletes salva-vidas e participam de atividades de simulação de acidentes. Atravessam a água segurando uma corda, caem dos botes e nadam de volta para a borda da piscina. Tudo para aprender como agir em situações reais de perigo.
Além de treinar como reagir diante de um acidente real, a criança deve aprender o significado dos avisos de segurança encontrados nas piscinas e praias – a bandeirinha vermelha, por exemplo, é sinal de perigo. E nunca deve nadar sozinha. “Na piscina ou no mar, elas devem ser sempre supervisionadas por um adulto”, diz Marcelo.
O afogamento é a segunda causa de morte entre crianças até 14 anos, tanto dentro como fora de casa. Por isso, a supervisão é imprescindível. “Fora de casa, recomendamos que, além de aprender a nadar desde cedo, as crianças usem coletes salva-vidas”, diz Lia Gonsales, coordenadora de mobilização da ONG Criança Segura. E atenção: são coletes, não boias de braço. Segundo Lia, as boias não garantem segurança e só os coletes podem de fato evitar fatalidades.
Mesmo quando a criança já sabe nadar, nem sempre a avaliação infantil do risco é adequada. “A água é rápida e silenciosa”, diz Lia. O velho dito ‘água no umbigo é sinal de perigo’, portanto, continua valendo. (Fonte: Portal IG).