O setor de cloro e soda encerrou 2013 com desempenho inferior ao projetado. A produção de cloro registrou variação negativa de 0,2% em relação a 2012. As vendas totais de cloro recuaram 2,8%, de 164,6 mil toneladas para 159,9 mil toneladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor).
Com relação à soda cáustica, a produção no ano passado apresentou variação positiva de 0,3%. As vendas internas do produto, por sua vez, foram 2,3% menores do que as registradas em 2012. Da mesma maneira, as importações de soda registraram queda de 2,9%, com 1.093,4 mil toneladas importadas no ano de 2013, como resultado de uma retração do mercado interno, em particular o segmento de alumínio.
“No início de 2013 esperávamos que o ano trouxesse algum crescimento, mas essa expectativa foi se desfazendo à medida que o ano foi transcorrendo, com as vendas refletindo o enfraquecimento da economia brasileira. Problemas pontuais de interrupções no fornecimento de energia elétrica acarretaram significativas perdas para o setor. Paradas técnicas programadas em algumas indústrias também contribuíram para o resultado negativo do ano passado”, afirma o presidente da Abiclor, Anibal do Vale.
Um dado que revela a perda de dinamismo dessa indústria é a taxa média de utilização da capacidade instalada, que foi de 83% em 2013, 0,2% menor que a registrada em 2012. No triênio 2011-2013, a capacidade instalada tem se mantido abaixo da média histórica, de 87%, evidenciando os problemas vividos pela indústria.
Para 2014, espera-se que o setor se recupere e volte a operar com taxa de utilização de capacidade superior.
O cloro e a soda abastecem vários setores da atividade econômica. Os produtos atendem à demanda de diferentes indústrias como metalurgia e siderurgia, papel e celulose, alumínio, têxtil, sabões e detergentes, alimentos e bebidas, tratamento de água, entre outras.