As perdas de água potável nos sistemas de distribuição, associadas em geral a vazamentos nas tubulações, erros de leitura e ligações clandestinas, alcançaram 38% em 2016, o equivalente a quase 7 mil piscinas olímpicas cheias a cada dia – o equivalente a mais de R$ 10 bilhões por ano – segundo estudo divulgado recentemente pelo Instituto Trata Brasil. Diminuir, portanto, o desperdício é extremamente importante para garantir o uso sustentável da água. Para que os municípios reduzam as perdas de água é importante observar alguns pontos:
1 – Criar contratos com incentivos e foco na redução de perdas, como contratos de performance, parcerias-publica-privadas e parcerias público-público;
2 – Direcionar maior financiamento para ações dessa natureza. Há uma necessidade de aumentar o financiamento para programas de redução de perdas no âmbito federal;
3 – Gerenciamento do controle de perdas: implementação de planos de gestão de perdas baseados no conhecimento do sistema, indicadores de desempenho e metas preestabelecidas;
4 – Entender as dificuldades para a setorização dos sistemas de abastecimento, acompanhado de um plano de médio e longo prazo com ações para o controle das perdas na distribuição;
5 – Aumentar o índice de hidrometração dos diversos sistemas e utilizar hidrômetros de maior precisão;
6 – Melhorar a macromedição nos sistemas de abastecimento de água para permitir uma melhor aferição dos indicadores de perdas;
7 – Criação e monitoramento de programas de redução de perdas sociais com a participação dos atores envolvidos;
8 – Replicar experiências exitosas de operadores públicos e privados nas regiões mais deficitárias, especialmente as Regiões Norte e Nordeste, onde se situam os maiores desafios.
Fonte: Trata Brasil