Dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) apontam que a produção e as vendas internas de produtos químicos de uso industrial recuaram 1,87% e 1,05%, respectivamente, nos três primeiros meses de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado. Somado a isso, houve redução de 0,4% na demanda por produtos químicos e de 5,7% nas importações.
Para a entidade, esses resultados estão relacionados à redução da atividade econômica nacional e, em menor proporção, às paradas para manutenção nas fábricas.
Para Fátima Giovanna, diretora de economia e estatística da entidade, “pode estar havendo substituição da demanda de químicos por produtos importados acabados”. Dessa forma, a elevação dos custos de produção no mercado interno, associada aos custos da energia e das matérias-primas, bem como as deficiências logísticas e a alta carga tributária, têm impactado esses setores e não tem sido diferente com a química”, avalia.
Para a entidade, o cenário de curto prazo é de muita precaução e várias incertezas, portanto o setor precisa trabalhar com uma visão de longo prazo. Além disso, para sobreviver aos próximos anos, os pontos de maior relevância a serem equacionados em curto e médio prazos são a adoção de uma política para o uso do gás natural como matéria-prima, além da segurança no fornecimento da energia elétrica e tarifa mais atrativa para a produção industrial”, diz a diretora da Abiquim.
Fonte: IstoÉ Dinheiro, 30/04/15