De janeiro a junho deste ano a produção de cloro recuou 1,5% em comparação ao mesmo intervalo de 2014, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor). Durante esse período, foram produzidas 621,7 mil toneladas de cloro.
Com relação à soda cáustica, a produção caiu 1,4%, para 684,7 mil toneladas, ante 694,2 mil do mesmo período de 2014.
O consumo setorial de cloro (vendas totais somadas aos usos cativos) também apresentou variação negativa de 2,0%. O uso cativo teve redução de 2,3%, para 538.493 toneladas.
As vendas totais de soda cáustica recuaram 0,4% em relação ao primeiro semestre de 2014, para 607,7 mil toneladas. As importações do produto tiveram queda de 12,9%, com 511,7 mil toneladas importadas no período.
O primeiro semestre foi caracterizado por incertezas macroeconômicas que acabaram levando a uma inflação anualizada projetada acima de 9%, elevação contínua das taxas de juros beirando os 14% ao ano, previsão de redução do PIB da ordem de 2%, além de taxa crescente de desemprego e redução quase que generalizada da demanda, explica Aníbal do Vale, presidente da Abiclor.
“A indústria de cloro-álcalis sofreu esses impactos e também foi atingida em cheio com o aumento de energia elétrica, que reduziu substancialmente a já combalida competitividade quando olhamos para o cenário internacional, afirma. “O segundo semestre promete ser imensamente desafiador e não se vislumbra mudança a curto prazo do cenário vigente. Eventuais medidas que venham a ser tomadas para aumento de competitividade ou aumento de demanda tendem a ter período longo de maturação, o que nos leva para 2016”, afirma o presidente da Abiclor.
A taxa de utilização da capacidade instalada foi de 82,4%, o que representa queda de 2,7% ante janeiro-junho de 2014.