Em 2014, a produção de cloro atingiu 1.260,5 mil toneladas, volume 1% maior que o produzido no ano de 2013. A produção de soda cáustica acompanhou essa tendência e cresceu 0,5% na comparação com o ano anterior, para 1.386,3 mil toneladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados ( Abiclor).
O consumo setorial de cloro (vendas totais somadas aos usos cativos) também apresentou variação positiva de 0,6%. As vendas totais do produto de janeiro a dezembro de 2014 cresceram 4,1%, atingindo 166.533 mil toneladas.
No caso da soda cáustica, as vendas totais foram 0,8% maiores em relação ao mesmo período de 2013, para 1.195,1 mil toneladas. As importações de soda aumentaram 6,8%, para 1.168,2 mil toneladas importadas no período.
O presidente da Abiclor, Aníbal do Vale, destaca que além de ser desalentador, o resultado de 2014 ocorreu em cima de uma base fraca de 2013, ano afetado por paradas programadas das fábricas e interrupções pontuais no fornecimento de energia elétrica. “O setor de cloro-álcalis tem sofrido pressões contínuas de custos, especialmente de energia elétrica, que afetam o desempenho”, afirma o presidente da Associação, acrescentando que 2015 será um ano muito desafiador, já que são esperadas elevação de carga tributária, juros, possível demanda mais restrita, por exemplo.
A energia elétrica é o principal componente de custo de produção do setor, representando 46% do custo operacional. “O aumento do custo da energia elétrica nos últimos anos foi um dos fatores que limitou investimentos e o avanço da produção de cloro-álcalis no País”, observa Anibal do Vale.
A taxa média de utilização da capacidade instalada ficou em 83,7% em 2014, 0,8% maior que em igual período de 2013. Além de ter ficado abaixo da média histórica a utilização da capacidade mostrou que a economia apresentou desempenho abaixo das expectativas iniciais do setor apontando para um baixo crescimento em 2014.
O cloro e a soda abastecem vários setores da atividade econômica. Os produtos atendem à demanda de diferentes indústrias como metalurgia e siderurgia, papel e celulose, alumínio, têxtil, sabões e detergentes, alimentos e bebidas, tratamento de água, entre outras.