O que leva uma pessoa a desenvolver um quadro mais grave de dengue? Esta pergunta é o ponto de partida da tese de doutorado da bióloga Iracema Carvalho, defendida no Programa de Pós-graduação em Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2020
A pesquisadora analisou as células sanguíneas de 37 voluntários usando a técnica chamada citometria de fluxo, que favorece a obtenção de uma espécie de retrato da resposta imunológica da pessoa.
Durante o estudo, ela observou como se comportam oito tipos de células da resposta imune inata e concluiu que algumas destas células são diferencialmente ativas, produzindo níveis maiores de mediadores inflamatórios em voluntários com quadros mais graves de dengue. “Isso indica que essa hiperativação acontece desde o início da infecção pelo vírus”, explica a autora, em nota oficial divulgada no site da UFMG.
De acordo com Iracema, o resultado da tese pode ajudar pesquisadores a traçar o perfil de pessoas mais propensas a desenvolverem a forma mais grave da dengue.
Fonte: UFMG