Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde confirma ao menos 91 mortes relacionadas ao vírus chikungunya, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Em relação ao ano passado, quando foram registradas 6 mortes, houve um crescimento de 1.417% no período. De janeiro a 13 de agosto deste ano, já foram notificados 216.102 casos tidos como prováveis após atendimento na rede de saúde. Em todo o ano de 2015, foram contabilizado 38.332 casos, ou seja, aumento de 463%.
As mortes já confirmadas ocorreram em nove Estados, sendo que Pernambuco registra o maior número de casos, com 46 registros já reconhecidos pelo Ministério da Saúde, seguido do Rio Grande do Norte, com 19. Segundo o Ministério, a maior parte das mortes já confirmadas ocorreu entre os meses de fevereiro e março, período em que há maior proliferação de Aedes no País. A idade das vítimas variou entre zero a 98 anos – com média de 62 anos.
Há ainda outras mortes suspeitas de ligação com a doença sendo investigados (o Ministério não informa o total), mas as secretarias estaduais de saúde dão sinais: só em Pernambuco, há 225 mortes suspeitas de ligação com arboviroses (como dengue, zika e chikungunya) ainda em análise.
Também cresceu o número de cidades que registram casos de “chiku”, como costuma ser chamada em alguns locais: de 696 em 2015, já são 2.248 neste ano. Entre as regiões, o Nordeste é o mais afetado, com 87% dos casos registrados.
Os sintomas da chikungunya são febre alta e repentina, dores de cabeça e nos músculos e fortes dores nas articulações dos pés e das mãos, que podem se estender por meses e anos. É bom lembrar que nos últimos meses do ano, com o verão e o aumento das chuvas, aumenta a proliferação do mosquito transmissor do Aedes aegypti.