O Brasil precisa evoluir – e muito – em termos de saneamento básico. Hoje, 33 milhões de pessoas, que representam 16,6% da população, não têm acesso a água tratada e 95 milhões, que somam mais de 47% dos brasileiros, não tem acesso à coleta de esgoto.
Os números oficiais, dispersos em publicações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/Governo Federal), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de estados e municípios, foram compilados pelo Instituto Trata Brasil e agora estão disponíveis no recém-lançado Painel do Saneamento.
A região Norte é a mais afetada pela falta de saneamento básico: apenas 17,4% da população local possui esgoto tratado sobre água consumida. Também é a região com maior índice de pessoas sem acesso a água de qualidade (42,7%), seguida pelo Nordeste (26,8%), Sul (10,4%), Centro-Oeste (9,9%) e Sudeste (8,7%).
O cloro é o principal agente de desinfecção das águas, é fundamental para o avanço do saneamento básico e também é matéria-prima do PVC, utilizado em canos e tubulações. Por isso, o consumo de cloro de um país é considerado um indicativo de seu grau de desenvolvimento social.