A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira, 25, que a epidemia de zika está diminuindo no Brasil. Mas a avaliação é de que o número de casos de pessoas afetadas pelo vírus pode aumentar “significativamente” nos próximos meses no mundo. Mais de 600 cientistas participam hoje e amanhã,26, de um colóquio internacional sobre o vírus da zika, no Instituto Pasteur de Paris.
A queda no número de casos no Brasil está relacionada com o fim do verão, porém, é impossível saber se haverá uma reativação do vírus no futuro e uma propagação para outras zonas ainda não infectadas. Foram registrados no País 1,5 milhão de casos de zika. O vírus se estendeu para vários países da América Latina.
Com o início na Europa da temporada dos mosquitos, “a possibilidade de uma transmissão local combinada com prováveis transmissões por via sexual poderia provocar um aumento significativo do número de pessoas afetadas pelo zika e das complicações que isto representa”, afirmou Marie-Paule, subdiretora-geral da OMS. No entanto, os cientistas não esperam uma pandemia na Europa este ano. “Na medida em que as temperaturas começam a aumentar na Europa, duas espécies de mosquitos Aedes, conhecidas por transmitir o vírus, vão começar a circular”, disse Kieny. “O mosquito não tem fronteiras”, completou. De três a quatro milhões de casos de zika são esperados no continente americano. Por enquanto, foram relatados poucos casos na França e em seis países europeus.
Os cientistas tentam determinar quanto tempo o vírus pode permanecer no corpo humano, o grau de risco de transmissão por via sexual e a lista completa de doenças que pode causar.
Também devem falar sobre o vínculo do vírus com a microcefalia, uma patologia que provoca danos cerebrais graves nos recém-nascidos, e com a síndrome Guillain-Barré, que pode provocar paralisia e morte.