O nome dele é Aedes vittatus, um mosquito capaz de carregar parasitas ou patógenos perigosos à saúde humana, assim como Aedes aegypti, porém ainda mais perigoso. Assim como o Aedes, o transmissor da dengue, chikungunya e zika,o vetor consegue carregar qualquer tipo de doença transmitida por mosquitos, com exceção da malária, segundo reportagem publicada no portal da BBC Brasil.
Ele foi detectado pela primeira vez nas Américas em 18 de julho de 2019, na base americana em Guantánamo, Cuba. Até então, o mosquito era considerado endêmico de regiões no subcontinente indiano, na Ásia.
A hipótese mais provável para mudança, é que os primeiros mosquitos tenha viajado para Cuba na forma de ovos em algum contêiner de navio ou avião, segundo Ben Pagac, entomologista do Comando de Saúde Pública do Exército americano que conduz biovigilância na região do Caribe, em entrevista à BBC “O deslocamento do mosquito é uma lição a respeito dos perigos que o comércio e as viagens humanas oferecem à dispersão de doenças zoonóticas pelo planeta”, disse na reportagem.
Outro fator que também favorece a propagação dos mosquitos é a mudança climática, que tem sido acelerada pelos seres humanos
A BBC destaca que doenças transmitidas por mosquitos matam mais de 1 milhão de pessoas e infectam quase 700 milhões por ano — quase 1 em cada dez pessoas no mundo.
Um mosquito costuma botar ovos 36 horas depois de picar sua vítima e, se esse hospedeiro estiver infectado, o vírus passará adiante. Em seguida, serão produzidos 100 a 120 ovos infectados, já carregando a doença.
Normalmente, há talvez seis novas gerações de mosquitos ao longo de um ano qualquer. Mas isso está mudando. “Esses invernos brandos e estações mais longas que estamos tendo significam que mosquitos têm a chance de produzir dez gerações (no ano), em vez de seis”, adverte Yvonne-Marie Linton, pesquisadora-diretora da Walter Reed Biosystematics Unit na entrevista concedida à BBC. “Isso significa que eles têm mais tempo de adquirir vírus” antes de serem impedidos pelo frio do inverno.
Fonte: BBC Brasil