Abiclor

Ministro de Minas e Energia sinaliza interesse em estudar alternativas para redução do custo de energia para a indústria

O diretor executivo da Abiclor, Martim Afonso Penna, participou na semana passada,  dia 16, juntamente com representantes da indústria (Abiquim, Abal, Abividro, Abrace e Instituto Aço Brasil), reunidos no Projeto de Energia Competitiva (PEC), de audiência com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e assessores para discutir soluções para redução do custo da energia.

“A audiência com o ministro foi muito produtiva. A energia elétrica representa de 45 a 50% do custo de produção de cloro-álcalis e é fundamental que o insumo seja competitivo. Entre as questões discutidas foi proposto e aceito pelo ministro a criação de um grupo misto de trabalho governo e consumidores para dar encaminhamento ao assunto no curto prazo. O ministro instruiu o secretário-executivo do Ministério, Luiz Eduardo Barata, presente na audiência, a implantar o grupo de trabalho e dando prazo de 60 a 90 dias para encontrar soluções”, afirma Martim Afonso Penna.

De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna, a energia elétrica é um item importante do custo de produção da indústria química e teve sua tarifa aumentada muito acima de qualquer índice de inflação nos últimos anos, pressionando a competitividade. “Além disso, a tarifa industrial brasileira está muito acima daquela utilizada em países que são líderes mundiais da química e com os quais competimos na atração de investimento”, destaca Fátima Giovanna. Segundo ela, a sinalização de interesse e disponibilidade do Ministério de Minas e Energia (MME) em estudar uma alternativa que vislumbre uma tarifa mais competitiva para os setores eletrointensivos é vista com muita simpatia e expectativa.

O entendimento do ministro é que estando as distribuidoras sobre contratadas pode haver uma negociação entre geradoras, distribuidoras e consumidores onde todos ganham, aproveitando, principalmente, o momento atual de sobras de energia, além dos aproximadamente 900 MWs de Belo Monte, que em breve estarão disponíveis e descontratados.