Ele está nas panelas, nos talheres, nas travessas de servir, nas formas de assar. O alumínio está em cada canto da cozinha, e também em muitos outros objetos e equipamentos que fazem parte do nosso dia a dia, como o carro, o computador, estruturas de cadeiras e mesas, e até mesmo as janelas e portões. Ele é o elemento metálico mais abundante na crosta terrestre e é também o mais utilizado pela indústria. Sua importância comercial é imensa: o mercado global de alumínio foi avaliado em US$ 148 bilhões em 2021 e deve atingir US$ 258 bilhões até 2031, segundo a consultoria internacional AMR.
Para que esse mercado exista e proporcione avanços nos mais variados segmentos da sociedade, a indústria cloro-álcalis desempenha papel fundamental. O alumínio não está presente em estado puro. Ele aparece na bauxita, uma rocha argilosa que pode ser encontrada no solo perto da superfície.
Para refinar a bauxita, ela é dissolvida em soda cáustica e filtrada; é a soda que viabiliza o refino desse material. O resultado é a alumina, um pó branco e seco. Esse pó é introduzido numa célula eletrolítica e, por meio de uma carga elétrica, o oxigênio reage com o carbono do composto, formando alumínio líquido, que será moldado em diferentes estruturas.
Além da versatilidade, esse metal apresentam uma outra característica de grande valor: seu potencial de reciclagem. A recuperação de sucata de alumínio exige apenas 5% da energia eu seria utilizada para produzir a mesma quantidade de metal a partir da natureza – o que a torna economicamente interessante. Ele pode ser reciclado diversas vezes, com eficiência próxima a 100%, ou seja, nenhuma de suas propriedades é perdida durante o processo.
No Brasil, a cadeia da indústria de alumínio representa cerca de 6% do PIB industrial, de acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). A reciclagem é um ponto alto: em 2021, mais de 33 bilhões de latas de alumínio foram recicladas – um índice de reaproveitamento de 98%.