O novo marco legal do saneamento, sancionado em 15 de julho, é uma grande oportunidade para a indústria química e, ao mesmo tempo, é uma ferramenta importante para a retomada da economia brasileira. Até 2030, o novo marco tem benefício potencial, direto e indireto, de quase R$ 1 trilhão, o equivalente a uma reforma da Previdência, segundo o presidente do Conselho Diretor da Abiclor, Mauricio Russomano. Ele participou na última sexta-feira, 7, da live sobre o Marco Legal do Saneamento, promovida pela Abiquim, ao lado secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Da Costa e do diretor executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Percy Soares Neto.
O presidente do Conselho Diretor da Abiclor destacou o impacto positivo da nova lei na construção civil, com a abertura de novas frentes de trabalho, e em várias cadeias produtivas. Segundo o secretário do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Da Costa, a construção e expansão da rede de esgotos deverão gerar mais de 500 mil empregos.
O País tem hoje 542 mil km de tubulações e as estimativas são de que será necessário expandir para 620 mil km, observou Russomanno. Além disso, disse, será necessário reparar 380 mil km de tubulações, que hoje geram vazamentos e perdas de água no processo de transporte. Com a maior demando por produtos para tratamento de água e efluentes, o setor de cloro-álcalis vai precisar produzir 700 mil toneladas adicionais de cloro, 40% mais que o volume atual.
Alexandre Da Costa disse que o Brasil ainda está muito atrasado no quesito saneamento. “Vivemos na era medieval, em que metade da população não tem acesso a esgoto e 34 milhões não têm acesso a água tratada”. Veja a íntegra da live https://www.youtube.com/watch?v=HeWfyAnr7lw