Além de contribuir para melhorar os resultados de tratamento de água e esgoto, uma das estruturas também auxiliará na investigação de crimes ambientais
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) e o governo do estado de Pernambuco inauguraram dois laboratórios para ampliar a capacidade de análise de águas nos respectivos estados.
Em Santa Catarina, a companhia de saneamento começou a operar o novo laboratório em Balneário Piçarras, município a 120 km de Florianópolis. A estrutura vai atender 16 cidades e 19 sistemas de abastecimento, na costa norte catarinense, realizando análises de rotina e controle de qualidade da água por meio de testagem físico-químicas e microbiológicos da água bruta, tratada e distribuída. O monitoramento controla os parâmetros básicos recomendados pelo Ministério da Saúde: cloro residual, turbidez, cor, coliforme total e Escherichia coli.
Em Pernambuco, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) inaugurou o novo Laboratório Professor Adaucto da Silva Teixeira, localizado no bairro de Dois Irmãos, no Recife. Nessa unidade, serão analisadas águas e efluentes domésticos e industriais. A nova estrutura foi construída e equipada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, como parte do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Ipojuca (PSA Ipojuca), coordenado pela Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento).
Defesa do meio ambiente
O Instituto do Meio Ambiente de Balneário Piçarras manifestou a intenção de firmar uma parceria com a CASAN para a utilização do novo laboratório nas análises para aferir a balneabilidade da praia de Piçarras, reportando as informações para o programa Bandeira Azul.
A proposta inclui o monitoramento do Rio Piçarras, que desagua no litoral da cidade, entre as praias Alegre e de Piçarras. No último levantamento do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC), no mês de março, duas praias do município estavam impróprias para o banho: Praia da Armação e Praia do Itapocorói.
Em Pernambuco, um dos focos de ação do novo laboratório será identificar polos de contaminação de rios, afluentes e corpos d´água, criando meios de prova para possíveis crimes ambientais. Um primeiro escopo de trabalho está definido, sendo o monitoramento da balneabilidade nos 52 pontos das praias pernambucanas.
Para cumprir essa tarefa e realizar outros testes para produzir provas de possíveis crimes ambientais, o laboratório foi estruturado com setores de amostragem, biologia (laboratórios de microbiologia e hidrobiologia) e de físico-química. Para a Agência Estadual de Meio Ambiente as novas instalações possibilitarão avanços na execução de análises, repercutindo nas rotinas de fiscalização do licenciamento ambiental de empreendimentos.