A indústria de cloro-soda é geralmente associada ao setor de saneamento – no qual ela é fundamental. Mas há outros que também dependem substancialmente de derivados clorados e álcalis. O setor automotivo, cujo mercado deverá atingir a marca de 4 milhões de unidades no Brasil na próxima década, é um deles.
Os revestimentos internos dos veículos estão entre os principais componentes da lista: itens como o painel do veículo e o acabamento das portas, entre diversos outros, utilizam o PVC, um polímero cujo peso é composto por 57% de cloro. Também o airbag, dispositivo fundamental na segurança automotiva, é feito com a hidrazina, material oriundo da química do cloro.
Além deles, os pneus e cintos de segurança são produzidos com poliéster, o para-choques e para-lamas feitos de poliuretanos, os semicondutores utilizam o dióxido de titânio em sua produção e os vidros a prova de balas utilizam policarbonatos. Para a obtenção de todos esses compostos, o cloro está na base.
“A indústria de cloro-álcalis faz parte da vida das pessoas, ainda que a maioria delas não se dê conta”, comenta o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor), Milton Rego. “Trabalhamos para divulgar sua importância e seus benefícios para a população, para que o valor da química seja reconhecido e para que governos e sociedade busquem maneiras de fortalecer a produção industrial no Brasil”, complementa o executivo.
Considerada uma indústria de base, ou seja, que fornece insumo para outros segmentos e setores produtivos, a indústria química é basilar para o desenvolvimento econômico de um país. A Abiclor tem pautado sua atuação com base em práticas sustentáveis, incorporando em suas atividades produtivas e em suas estratégias corporativas os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Suas associadas buscam trabalhar voluntariamente dentro dos mais elevados padrões de segurança, saúde, qualidade e respeito ao meio ambiente, a favor de um mundo inclusivo e sustentável.
