O uso de mosquitos geneticamente modificados no combate ao Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão dengue, zika e chikungunya, já é uma realidade em diversas partes do mundo. No Brasil, a cidade de Indaiatuba (SP) conseguiu reduzir em 95% a população do mosquito com a implantação do projeto Aedes do Bem!, que utiliza essa tecnologia.
Durante a fase de testes, foram espalhados em 10 bairros da cidade, minicápsulas que continham milhares de ovos do Aedes aegypti modificados geneticamente para que somente os machos sobrevivessem após a eclosão. Além disso, esses mosquitos, após o acasalamento, só poderiam gerar novos machos, interrompendo de forma eficaz o ciclo de vida do vetor.
Com o sucesso do projeto, a cidade anunciou recentemente uma expansão da iniciativa, que conta com o apoio da Oxitec, empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, e da Fundação Wellcome Trust, que apoia o desenvolvimento de soluções para os desafios na área de saúde.
Essa nova etapa iniciou-se em setembro de 2021 e se estenderá até meados do ano de 2023. O objetivo é atender 400 Ha de área urbana do município, incluindo os bairros Jardim Morada do Sol, Jardim Teotônio Vilela, Jardim São Conrado, Jardim Juscelino Kubitscheck, Vila Pires da Cunha, Parque das Nações, Jardim Regina, Jardim do Valle, Jardim Alice e Jardim Tancredo Neves.
Todas as novas formas de combate são sempre bem-vindas, mas a população não pode se esquecer que as medidas simples que são essenciais , como não deixar água parada em casa. Portanto, não relaxe nos cuidados de prevenção ao Aedes aegypti. Faça a sua parte.