Os investimentos caíram 14,1% em 2015 na comparação com o ano anterior, o maior tombo em quase vinte anos, desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1996. A indústria apresentou a maior queda entre as atividades, de 6,2%, puxada por uma retração de 9,7% da indústria de transformação, devido ao enfraquecimento da indústria automotiva, de máquinas e equipamentos, produtos eletrônicos, alimentos, bebidas, têxtil e vestuários e produtos de metal, segundo o IBGE. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 3,8%, o desempenho mais fraco em 25 anos.
A indústria perdeu participação PIB, passando de 24% em 2014 para 22,7% em 2015. Segundo especialistas, o desempenho da indústria e dos investimentos compromete o futuro da economia.
Entre os componentes da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), os investimentos em máquinas e equipamentos recuaram 26,5% em 2015. Na indústria, só se salvou a extrativa mineral, com crescimento anual de 4,9%. Ainda assim, no quarto trimestre, o segmento sofreu impacto da greve dos petroleiros e do acidente da barragem em Mariana (MG) e recuou 6,6% frente ao terceiro trimestre.
Outro dado ruim divulgado pelo IBGE foi a queda de 4% no consumo das famílias que vinha segurando o PIB, considerando que tem peso de 60% na economia.
Uma série de fatores explica essa retração da economia no passado como o cenário político conturbado, a Operação Lava Jata que teve impacto negativo sobre investimentos e infraestrutura e no setor de óleo e gás, piora externa com a queda dos preços das commodities.
