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FPQuímica realiza pré-lançamento da “Agenda do Setor Químico aos Presidenciáveis: Um Outro Futuro é Possível”, em Brasília

A Frente Parlamentar Química se reuniu com parlamentares, Poder Executivo e representantes do setor químico no evento de pré-lançamento da “Agenda do Setor Químico aos Presidenciáveis: Um Outro Futuro é Possível”, no dia 13 de junho, em Brasília. Durante o encontro foram apresentados os pleitos para promover a competividade da indústria química brasileira no mercado nacional e internacional para que o setor volte a crescer e ressaltada a importância dos presidenciáveis incluírem política industrial em suas propostas de trabalho.

O presidente da FPQuímica, deputado João Paulo Papa (PSDB/SP), destacou que o Brasil está vivendo um momento muito importante em que a indústria química mais uma vez apresenta a sua contribuição. “Nós sabemos da importância do setor químico para o desenvolvimento do País. É a indústria base de toda a cadeia industrial, de todos os demais setores industriais, portanto ela tem uma participação decisiva no processo de retomada do crescimento econômico brasileiro”, afirmou Papa.

O presidente do Conselho Diretor da Abiquim e presidente da Elekeiroz, Marcos De Marchi, introduziu a proposta da “Agenda dos Presidenciáveis”. De Marchi explicou que o setor é responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e, atualmente, é o oitavo maior do mundo, sendo que perdeu duas posições nos últimos 10 anos. “Precisamos de contratos de matéria-prima de longo prazo. No mundo, são de 15 a 20 anos, enquanto, no Brasil, são, em média, de três anos”, disse. Ainda segundo De Marchi “nós precisamos fazer com que o Brasil volte a investir na indústria química. O Brasil está concorrendo com investimentos em vários lugares do mundo e tem sistematicamente perdido. Não porque o brasileiro seja pouco produtivo ou porque não tenha know-how, mas sim porque o País é pouco competitivo”, lamentou.

Em seguida, os temas da Agenda dos Presidenciáveis foram apresentados por representantes do setor: Matéria-prima, pelo diretor de Matérias-primas Nacional e Internacional da Braskem, Hardi Schuck; Energia, pelo gerente global de Relações Institucionais da Oxiteno, Frederico Marchiori; Logística, pelo presidente da Ingevity, Alexandre Castanho; Inovação e Química 4.0, pelo presidente da Croda, Marco Antonio Carmine; Comércio Exterior, pelo diretor de Relações Públicas e Governamentais na América do Sul da Solvay, Marcelo Perracini; e Regulação, pelo presidente da  UNIGEL, Reinaldo José Kröger.

O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, afirmou que o setor tem o objetivo muito claro de preparar uma agenda abrangendo o necessário para melhorar a competitividade da indústria química brasileira. “O Brasil vai ser um País rico em petróleo, rico em gás e com a maior biodiversidade do mundo – questões essenciais para a indústria química. Precisamos aproveitar esse potencial e apresentar aos presidenciáveis um plano de como a gente pode transformar esse potencial em realidade”, destacou Figueiredo.

De acordo com o coordenador de Infraestrutura e Logística da Frente, deputado Milton Monti (PR/SP), um País não se desenvolve, não cresce, se não tiver uma indústria química bastante fortalecida e pujante. Segundo Monti, “a química está em todos os segmentos e é fundamental para todas as etapas da cadeia de produção”. E conclui destacando que “a ideia de levar esse assunto aos candidatos à presidência é excelente. Espero que eles tenham um compromisso com o Brasil priorizando o desenvolvimento, com uma indústria forte, e isso passa evidentemente pela indústria química brasileira”.

Para o coordenador de plástico e borracha da Frente, Alex Manente (PPS/SP): “é fundamental inserirmos esse assunto na sociedade para ajudar na compreensão sobre os temas que levarão o País a ter um desenvolvimento com geração de renda e emprego: a indústria forte e a cadeia produtiva forte”, finalizou.

Para o vice-presidente da FPQuímica na Câmara dos Deputados, Afonso Motta (PDT/RS), “Todos sabemos que tão importante quanto a conquista eleitoral será a governabilidade. Aquele que liderar o país, obrigatoriamente há de superar as divergências nesses grandes temas nacionais, em particular no que diz respeito à indústria química. É um privilégio e um prazer participar, não só como parlamentar, mas como vice-presidente dessa Frente tão importante”, destacou Motta.

Fonte: “Abiquim Informa”