Foto: David Alves/ Palácio Piratini
O investimento da indústria de transformação em máquinas, equipamentos e instalações este ano deve atingir R$ 48,4 bilhões, queda de 50,44% ante ao montante de 2015, indica pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo a pesquisa, 56,6% das empresas declararam não ter realizado investimentos em 2015 e 73,2% não pretendem investir este ano. A aplicação média das empresas em máquinas, equipamentos e instalações deve cair de 4% para 2,2% do faturamento no mesmo período. Foram entrevistadas 1.120 empresas entre 14 de março e 22 de abril, informa o jornal Valor Econômico. Com o recuo, o setor manufatureiro deve contribuir para a queda do investimento total. A Formação Bruta de Capital Fixo deve cair de 18,2% para 17% do PIB de 2015 para o fim deste ano, projeta a Fiesp.
José Ricardo Roriz Coelho, diretor de competitividade da entidade, destaca que a pesquisa captou os ânimos das indústrias antes da abertura do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Ele diz que há um otimismo maior hoje dos representantes das empresas com o governo do presidente interino Michel Temer, mas os dados conjunturais e o cenário que levaram aos resultados da pesquisa ainda não se alteraram.
“A redução de investimentos estimada pelas indústrias para este ano dá o tamanho do desafio para o novo governo”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, diretor de competitividade da Fiesp. A pesquisa, diz ele, captou os ânimos das indústrias antes da abertura do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Mas hoje, avalia, há um otimismo maior com o governo do presidente interino Michel Temer, mas os dados conjunturais e o cenário que levaram aos resultados da pesquisa ainda não se alteraram.
A preocupação com a evolução da economia passou à frente da elevada carga tributária, tradicionalmente no topo da lista de barreiras aos investimentos (preocupação para 33% das indústrias contra 42% no ano passado).
Entre os investimentos que devem ser implementados, 74% – ou R$ 35,7 bilhões – devem vir de recursos das próprias empresas. Essa concentração é menor que a de 2015, que teve índice de 76%, mas é considerada alta, diz Roriz. O porcentual médio considerando o histórico da pesquisa, feita desde 2006, é de 64%.
Fonte: Valor Econômico