O Índice Confiança da Indústria (ICI) apresentou crescimento 3,4 pontos no mês de julho, atingindo 107,6 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas nesta segunda-feira, 28. É o segundo mês consecutivo que o indicador registra avanço.
O ICI atingiu o maior valor desde fevereiro, quando marcou 107,9 pontos, e foi influenciado, tanto pela melhora da situação corrente quanto pelo aumento do otimismo em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) subiu 1,8 ponto, para 111,3 pontos, depois de sofrer com cinco quedas consecutivas. A melhora das perspectivas ocorreu em 13 dos 19 segmentos pesquisados, o Índice de Expectativas (IE) subiu 5,0 pontos para 104,0 pontos sendo o segundo mês consecutivo a registrar variação positiva após quatro meses de queda.
Ainda que o otimismo das empresas tenha sido impulsionado pela recuperação externa e o avanço da vacina, a indústria continua enfrentando adversidades, observa a economista da FGV IBRE, Claudia Perdigão. “Apesar disso, é preciso cautela considerando que o setor ainda enfrenta dificuldades ainda com a escassez de insumos, aumento dos custos que incluem a mudança de bandeira para a energia elétrica, podendo ser fatores limitadores para uma recuperação mais robusta no segundo semestre”, diz, em nota oficial.
Nos quesitos que integram o ISA, apenas o nível de estoques teve uma diminuição (6,3 pontos), retornando para 106,7 pontos, menor nível desde agosto de 2020. Os indicadores para demanda total e situação atual dos negócios subiram 6,5 e 4,9 pontos, respectivamente, para 113,6 e 112,5 pontos. Com esses resultados, a demanda total retorna ao nível de janeiro, enquanto a situação atual dos negócios aproxima-se do valor de dezembro de 2020.
Dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais contribuiu para o aumento confiança em junho ao subir 7,8 pontos para 100,9 pontos, maior valor desde janeiro (101,8). O indicador que captura o emprego previsto para os próximos três meses aumentou 5,4 pontos, para 106,9, recuperando 76,1% da queda sofrida entre janeiro e maio de 2021. A tendência dos negócios para os próximos seis meses variou 1,7 ponto, para 104,0 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,6 ponto porcentual, para 79,4%, maior valor desde janeiro (79,9%).
Fonte: FGV IBRE