O Índice de Confiança de Indústria divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), registrou queda pelo quinto mês consecutivo. O indicador de dezembro caiu 2,0 pontos, atingindo o nível de 100,01 pontos, o menor desde agosto de 2020 (98,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, manteve a tendência negativa ao cair 2,1 pontos.
O resultado foi influenciado por uma piora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das perspectivas para os próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 2,7 pontos, para 101,0 pontos, o menor desde agosto de 2020. O Índice de Expectativas (IE) caiu 1,2 ponto para 99,1 pontos, menor patamar desde maio deste ano.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada cedeu 1,0 ponto porcentual, para 79,7%, mesmo nível observado em agosto de 2021.
Segundo Claudia Perdigão, economista do FGV IBRE, a situação adversa resulta de uma série de problemas que o País vem enfrentando ao longo do ano, como pressão nos custos, escassez de insumos e elevada incerteza. “Além disso, desemprego e a inflação comprimem a demanda das famílias, reduzindo a demanda, o que influencia não apenas a avaliação da situação corrente, mas também torna as projeções para 2022 mais cautelosas”, afirma.
A sua expectativa é de que a escassez de insumos se normalize a partir do segundo semestre do próximo ano.