Abiclor

Encontro virtual discute segurança no transporte de cloro e derivados

Indústria cloro-soda ampliou produção para abastecer o mercado de forma contínua durante os quase dois anos de pandemia, garantindo insumos para medidas sanitárias e para a produção de equipamentos e utensílios hospitalares.

“O saneamento básico é o primo pobre da infraestrutura brasileira”, afirmou o presidente Executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos, no Encontro Anual de Distribuição e Transporte Seguro da Indústria de Cloro-Álcalis, realizado pela Abiclor na última sexta-feira, 12 de novembro. Ele falou sobre a situação crítica do saneamento básico no Brasil e os desafios – e também as oportunidades – para alcançar a meta de universalização dos serviços de água potável e coleta de esgoto até 2033.

Segundo o Edison Carlos, áreas como energia e telecomunicações avançaram nos últimos anos, mas o saneamento básico ainda vive uma situação muito ruim. Com exemplo, citou que enquanto os investimentos em energia elétrica equivalem a 0,8% do PIB brasileiro, o saneamento recebe apenas 0,2%. “Essa é a parte mais atrasada do Brasil”, afirmou. Nesse sentido, destacou, há um grande mercado a ser desbravado, com muitas oportunidades para a indústria de cloro-álcalis.

O Encontro Anual de Distribuição e Transporte Seguro da Indústria de Cloro-Álcalis, promovido pela Abiclor na última sexta-feira, 12 de novembro, foi acompanhado por mais de 200 pessoas. Realizado há 24 anos de forma ininterrupta, a edição de 2021 foi virtual pelo segundo ano consecutivo, transmitida pela plataforma e também pelo canal da Abiclor no youtube.

O evento, que tem o apoio da Clorosur (Associação Latino-Americana da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados) e do Sindicato Nacional da Indústria de Álcalis (Sinálcalis) e das empresas associadas à Abiclor, foi um sucesso. “As palestras foram muito bem avaliadas pelos participantes, conforme mostra a pesquisa de satisfação realizada durante o evento”, afirma Martim Afonso Penna, diretor-executivo da Abiclor.

O presidente do Conselho Diretor da Abiclor e da Clorosur, Mauricio Russomanno destacou a responsabilidade e a dedicação do setor em abastecer o mercado de forma contínua durante os quase dois anos de pandemia e os bons indicadores de sustentabilidade. “As empresas trabalham para atingir e manter os mais altos padrões de segurança e meio ambiente para ser uma indústria sustentável”, afirmou.

Caminhos para o desenvolvimento sustentável

A diretora-presidente da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Patrícia Iglecias, falou da importância do protocolo de intenções assinado em 7 de junho deste ano com a Abiclor. O protocolo visa trabalhar a agenda dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU no Estado de São Paulo e instituindo voluntariamente metas de redução dos impactos ambientais decorrentes dos processos produtivos e da prestação de serviço de empresas associadas.

Ela salientou que a Abiclor foi a primeira a assinar o protocolo, em função da longa parceria que existe entre as duas instituições. “A Indústria de cloro-álcalis está comprometida em trabalhar voluntariamente dentro dos mais elevados padrões de segurança e também visando a saúde e qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e foi por isso que procuramos esse setor para dar início a esse trabalho conjunto”, explicou Patricia.

O Encontro, realizado das 8h30 às 12h30, teve ainda como palestrantes o economista Sergio Vale, da MB Associados, que abordou o cenário e as perspectivas para a economia brasileira em 2022, além de Flávia Bates, analista da IHS Markit especializada em América do Sul e Rogerio Zolin, coordenador da Comissão de Manuseio e Transporte da Abiclor.

Confira a íntegra do evento!