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Empresários e municípios se unem para despoluir os rios Tietê e Pinheiros

Segundo reportagem da revista Veja, um novo projeto do governo do estado de São Paulo promete, em um prazo máximo de 30 anos, despoluir os rios Tietê e Pinheiros. A diferença desta ação em relação a outras feitas anteriormente é o engajamento de empresários. Eles têm feito contribuições ao Plano de Requalificação das Marginais e Limpeza dos Rios Tietê e Pinheiros do Palácio dos Bandeirantes, como o investimento de 3 milhões de reais em um estudo elaborado por uma empresa chilena especializada em recursos hídricos, e desejam atrelar negócios à futura reurbanização proporcionada pela limpeza dos rios.

O projeto conta também com a colaboração de representantes de oito órgãos estaduais e de 34 municípios que são cortados por rios e córregos que deságuam no Tietê e correm próximos a ele. A participação dos prefeitos do entorno da Grande São Paulo é outro detalhe que aumenta as chances de o projeto ser bem-sucedido. Isso porque é impossível despoluir apenas os dois rios: é preciso limpar toda a bacia hidrográfica, o que só poderá ser feito em conjunto com os municípios, responsáveis pelo uso e ocupação do solo. O orçamento estimado também é compatível com a dimensão e importância do projeto: de 12 a 20 bilhões de reais, segundo a revista Veja.

Monica Porto, professora titular de engenharia ambiental na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, declarou à Veja que “lidar com a poluição já não é o bicho-papão que foi um dia”. A Sabesp prevê para 2025 a universalização da coleta e tratamento de esgoto na Grande São Paulo. “Implantar uma rede de esgotos é um processo longo em qualquer parte do mundo, mas estamos no caminho certo”, disse a especialista à revista.

O desafio maior da ação é ampliar a vazão do Tietê. Para isso, o projeto estuda a instalação de um sistema de bombeamento que irá transportar água da represa Billings para encher o Tietê na sua junção com o rio Tamanduateí, na entrada da cidade, nos meses secos, e devolver o volume excedente ao corpo hídrico nas épocas de cheias.

 

Fonte: VEJA.com – Publicado em 04/11/2013