Diante da pandemia e com a volta aos treinos ainda incerta, atletas tiveram o desafio de se adaptar à rotina de preparação para as Olímpiadas de Tóquio. É o caso da dupla Fla-Flu, formada pela fluminense Luísa Borges, de 24 anos, que já disputou os Jogos do Rio de 2016, e a flamenguista Laura Miccuci, de 19 anos.
Para defenderem o Brasil em Tóquio, elas terão pela frente o pré-olímpico de nado artístico, de 4 a 7 de março do ano que vem, na própria capital japonesa. A disputa seria em abril, mas foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus, que também provocou a postergação dos Jogos para 2021.
A pandemia da covid-19 forçou Luísa e Laura a se adaptarem a uma rotina difícil para quem depende da água para treinar e competir. “A gente está se reinventando”, explica Twila Cremona, técnica da dupla, em entrevista à Agência Brasil. As meninas, diz ela, têm se encontrado por videoconferência muitas vezes na semana. A marcação da coreografia está sendo feita fora d’água, cada nadadora em sua casa. Os preparadores do COB (Comitê Olímpico do Brasil) passam atividades físicas diariamente a elas, que, segundo a técnica à Agência Brasil, também fazem a zala, que consiste em exercícios de flexibilidade e alongamento referentes ao nado e até aula de dança.
Longe das piscinas desde março, a dupla Fla-Flu aguarda a liberação das atividades na água. “Nunca fiquei tanto tempo fora da piscina. Sinto muita vontade de ter essa rotina de treino, até porque estávamos em um ritmo pesado, tempo integral, para competir no pré-olímpico”, afirma Luísa. “Acredito que o fato de cada uma estar em sua casa na quarentena ajuda para que o processo não demore tanto. Temos o objetivo de conseguir essa vaga e buscar uma final olímpica”, completa Laura, em entrevista ao mesmo veículo.
Fonte: Agência Brasil