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Déficit comercial em produtos químicos soma US$ 28,1 bilhões nos últimos 12 meses

O Brasil importou US$ 3,2 bilhões em produtos químicos no mês de agosto. O valor representa uma expressiva redução de 19,9% em relação a julho deste ano e de 26,9% na comparação com agosto de 2014. Em termos de volumes importados, a queda foi ainda mais significativa, de 30,4% em relação a julho e de 34,8% na comparação com agosto de 2014. Já as exportações, de US$ 1,1 bilhão em agosto, registraram queda de 17,4% na comparação com julho e de 11,1% em relação ao mesmo mês de 2014.

No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos somam US$ 25,9 bilhões, redução de 13,0% frente ao mesmo período de 2014. O volume de importações, de 21,5 milhões de toneladas, foi 16,1% menor, na mesma comparação.  As exportações, por sua vez, alcançaram US$ 8,7 bilhões, valor 8,7% abaixo daquele registrado entre janeiro e agosto de 2014. O déficit na balança comercial de produtos químicos, até agosto, chegou a US$ 17,3 bilhões, valor 15,1% inferior ao registrado em igual período de 2014. Nos últimos 12 meses (setembro de 2014 a agosto deste ano), o déficit comercial atingiu a marca de US$ 28,1 bilhões, redução de 9,8% em relação ao déficit de US$ 31,2 bilhões em 2014.

Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, o atual patamar elevado de preços dos produtos químicos importados e o momento econômico delicado de redução da atividade industrial nacional e de perspectivas nada otimistas até o final do ano explicam, em grande parte, os fortes recuos do fluxo de comércio do setor no País. “ Em agosto do ano passado, a estimativa era de que o déficit para o acumulado de 2014 seria em torno de US 31,5 bilhões. Nos últimos 12 meses (setembro de 2014 a agosto de 2015), esse indicador somou US$ 28,1 bilhões. Está claro que o cenário econômico instável e que os elevados níveis de preços dos produtos químicos importados foram decisivos para a retração do déficit setorial e, até o final do ano, a forte desaceleração do real frente ao dólar e os reflexos de novas medidas de ajustes fiscais deverão impactar ainda mais os indicadores do fluxo do comércio exterior brasileiro de produtos químicos”, destaca Denise.