O interior do Estado registra uma corrida por poços artesianos, situação que começa a ser observada também na região metropolitana de São Paulo, onde mais de 2 milhões de pessoas estão sob racionamento oficial e os rios a cada dia que passa ficam mais secos, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com especialistas consultados pela reportagem, os poços são uma alternativa viável de abastecimento de água, mas a expansão enfrenta dificuldades como alto custo, excesso de demanda e lentidão da análise de licenças.
O número de licenças de perfuração concedidas aumentou 83% no segundo semestre, na comparação com o mesmo período em 2013, segundo o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que analisa os pedidos. Foram 178 contra 326 concessões emitidas no Estado.
Em cerca de 75% dos municípios do Estado são utilizadas águas subterrâneas no abastecimento público, principalmente na área do aquífero Guarani (reservatório subterrâneo do Estado que abrange as regiões de Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto). Segundo o Daee, são 26.462 poços no Estado, dos quais 2.701 estão na capital (8%).
Os poços artesianos são a quarta maior fonte de água das regiões de São Paulo e Campinas – as mais afetadas pela crise no Cantareira – depois de três represas.
Vantagens de usar poço artesiano
Ao utilizar a água de poço artesiano, o proprietário deixa de depender da companhia de abastecimento e passa a consumir água subterrânea, que é menos afetada pelas variações climáticas do que as águas de superfície.
O custo do poço artesiano pode ser amortecido a longo prazo.
Desvantagens
A empresa perfuradora não pode garantir que haverá água no poço ou a quantidade e a qualidade dela. Também pode ocorrer do poço ser seco, ter pouca água, da água precisar de tratamento para o consumo humano ou estar contaminada.
Fonte: Folha de S.Paulo, 25/08/2014