O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) recuou 0,4 ponto em dezembro, para 95,2 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICE inverte a tendência de alta iniciada em julho e recua 0,7 ponto no mês.
“A discreta evolução do ICE em dezembro retrata o empresariado brasileiro em compasso de espera face à ainda grande incerteza em relação aos rumos da economia nos próximos meses”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas da FGV IBRE. Segundo ele, a queda do Índice da Situação Atual sinaliza desaceleração do nível de atividade corrente, enquanto a manutenção do Índice de Expectativas abaixo dos 95 pontos reflete um pessimismo moderado em relação ao primeiro semestre de 2021.
Entre os fatores que pesam na balança para os dois lados estão a ameaça de uma perigosa nova onda de covid-19 no Brasil contrapondo a chegada das campanhas de vacinação em outros países e a perspectiva de uso de parte da poupança acumulada em 2020 como compensação parcial para o fim do período de concessão de auxílio emergencial, explica. “Será um primeiro semestre ainda muito difícil”, avalia Campelo Jr.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) reúne os índices de confiança de quatro setores acompanhados: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 0,2 ponto, para 97,8 pontos, após subir por sete meses consecutivos. O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 0,3 ponto, para 94,3 pontos.
Fonte: Site da FGV