O número elevado de casos de dengue registrados em 2013 no Estado de São Paulo – cerca de 208 mil- está colocando algumas cidades da região metropolitana e do interior em alerta. Os municípios estão fazendo campanhas para conscientizar a população sobre o perigo da doença e ensinando a eliminar os focos do mosquito transmissor.
Mesmo os municípios que não tiveram epidemia, como São Bernardo do Campo, estão com campanhas preventivas. A cidade colocou mais de mil agentes para orientar a população a não deixar água parada em recipientes. Já Sorocaba está em alerta máximo. A cidade registrou 720 casos de dengue no ano passado, um aumento de mais de 2.000% em relação a 2012, quando notificou 25 casos.
O motivo de temor de prefeituras sobre epidemia de dengue é em função do tipo de vírus da doença que circula em todo País. A dengue é classificada em quatro tipos de vírus. Uma pessoa que teve o vírus tipo 1, por exemplo, só vai pegar a doença de novo, se contrair outro tipo de vírus, mais perigoso. Dessa forma, apesar de ficarem “imunes” a um tipo de vírus, ficam vulneráveis a outros. De acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação é que ao sentir sintomas de dengue, como dor nas articulações, a pessoa deve procurar um médico.
Ministério muda forma de calcular epidemia
Alteração feita pelo Ministério da Saúde deve aumentar casos de epidemia de dengue neste ano. Antes, a regra adotada era que quando os casos chegavam à média de 300 casos para grupo de 100 mil moradores era considerado epidemia, o que provoca uma série de alterações, como notificações da doença mesmo em caso de apenas suspeita. Com a alteração, será considerado epidemia se for constatado 100 casos em grupo de 100 mil moradores. Por exemplo, uma cidade com 400 mil habitantes, tinha de chegar a 1,2 mil casos para viver epidemia da doença. Agora, bastarão 400 casos.
Fonte: Rede Bom Dia, publicado em 21/1/2014