O calor e o verão se aproximam e a vontade de frequentar as piscinas fica cada vez mais forte.
Mas uma preocupação sempre aflige os frequentadores de piscinas: o temido cabelo verde.
Muita gente acredita que o efeito do cabelo verde está ligado ao cloro, utilizado para o tratamento da água das piscinas. Mas essa acusação é injusta e o vilão da história é outro produto.
Para nos ajudar a entender melhor esse fenômeno e a desvendar quem é o verdadeiro infrator, consultamos o engenheiro químico William Millett, consultor da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor).
Ele afirma que o produto responsável por deixar o cabelo com um tom esverdeado é o sulfato de cobre. “Quimicamente, os íons de cobre interagem com os aminoácidos da proteína dos cabelos, que basicamente é formado pela queratina, causando o efeito de cabelo verde”, explica.
Ele informa ainda que o sulfato de cobre é a base de produtos chamados agentes anti-algas e são muito eficazes para o controle de proliferação desses seres vivos. “Por isso, são muito utilizados pelas empresas responsáveis pelo tratamento de água e esgoto, como a Sabesp em São Paulo, por exemplo”, diz Millet.
Mas de onde vem essa relação de cabelo verde com o cloro?
A confusão vem exatamente do uso histórico do sulfato de cobre para o tratamento da água das piscinas.
Outro fato, é que antigamente as tubulações e as válvulas eram de latão ou cobre. Com a corrosão, o cobre ia para a água, causando o esverdeamento do cabelo das pessoas.
E como o cloro atualmente é o principal produto para o tratamento da água, as pessoas acabam associando o efeito de cabelo verde a ele.