O sucesso dos brasileiros em jogos olímpicos não é exclusividade das modalidades esportivas. Pela primeira vez na história, os quatro representantes do País na Olimpíada Ibero-americana de Química, realizada entre os dias 22 e 29 de outubro, no México, ficaram no primeiro lugar do pódio.
Como nas outras edições, o Ceará foi destaque no torneio. Três dos quatro premiados são do estado do nordeste: Naílton Gama de Castro, Vinicius Conrado Farias e Rafael Moreno Ribeiro. O quarto ouro ficou com o paulista João Guilherme Odebrecht Rosa.
O empenho dos estudantes brasileiros aumenta a cada ano e traz muitas oportunidades no futuro pessoal e profissional de quem participa, afirma o coordenador da Olimpíada Brasileira de Química, professor Sérgio Melo: “Muitos daqueles que passaram por esse projeto seguiram carreira na área de química, vários são docentes no ensino médio e na universidade, e quatro deles estão atuando como coordenadores estaduais.”
Este é o sexto ano consecutivo que a delegação brasileira sai integralmente premiada da competição, mas vencer não é o mais importante. “Independentemente das premiações que os participantes recebem, as olimpíadas são ferramentas importantíssimas no processo de aprendizagem, no estímulo ao estudo da ciência, no desenvolvimento do pensamento lógico e elevam o interesse pela ciência, no nosso caso a química”, comenta o professor Sérgio Melo.
A competição é realizada todos os anos desde 1996 e o Brasil esteve presente em todas as edições. Participaram do torneio no México 16 países e um total de 60 alunos. A Associação Brasileira de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor) é apoiadora do Programa Nacional Olimpíadas de Química e copatrocinadora das Olimpíadas de Química do Estado de São Paulo desde 2004. A entidade acredita na importância de iniciativas como esta para estimular o estudo da Química e desenvolver talentos para os setores industriais e de pesquisa no Brasil.