Entre janeiro e abril, as importações de produtos químicos movimentaram 17,2 milhões de toneladas, crescimento de 17,8% comparado com o mesmo quadrimestre de 2020. Trata-se de recorde em quantidades adquiridas para o período – foram registrados aumentos importantes em praticamente todos os grupos acompanhados, como em resinas e elastômeros (34,1%), e em produtos químicos orgânicos (18,4%) e inorgânicos (16,1%), todos com significativa fabricação nacional.
Já o volume das exportações, de janeiro a abril, chegou a 5,4 milhões de toneladas, aumento de 7,3% em relação aos quatro primeiros meses de 2020, concentrado fundamentalmente em produtos inorgânicos (grupo que isoladamente representa praticamente 70% de todas as quantidades exportadas pelo Brasil em produtos químicos), em que pese forte queda de 24,1% nas vendas ao exterior de resinas termoplásticas (380 mil toneladas exportadas no período).
O déficit da balança comercial de produtos químicos teve, por sua vez, um expressivo aumento de 24,5% em relação ao mesmo período de 2020 e atingiu US$ 11,2 bilhões nos quatro primeiros meses do ano, contextualizado pela inédita e extremamente preocupante marca de 46% de participação de mercadorias estrangeiras no consumo aparente nacional, (dados até março, conforme o Relatório de Acompanhamento Conjuntural – RAC da Abiquim). O ritmo do crescimento do déficit não foi desestimulado nem pelo aumento dos preços médios dos importados de US$ 785/T, em dezembro de 2020, para US$ 1.066/T, em abril de 2021.
Nos primeiros quatro meses do ano foram importados mais de US$ 15,3 bilhões e exportados praticamente US$ 4,1 bilhões em produtos químicos, aumentos de 20,3% e de 9,9%, respectivamente. No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2020 a abril de 2021), o déficit é de US$ 32,6 bilhões, maior valor em bases anualizadas em todo o histórico da balança comercial de produtos químicos e que, até o final do ano, poderá superar US$ 33 bilhões.
Fonte: Abiquim Informa
