Segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”, dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) mostram que as vendas internas de produtos químicos de uso industrial recuaram 6,69% no primeiro trimestre, na comparação anual, como reflexo da deterioração da economia doméstica. No mesmo intervalo, a produçãodiminuiu apenas 0,93%, sustentada pela alta de 46,3% das exportações em volume.
O consumo aparente nacional recuou 5,5% de janeiro a março e as importações também apresentaram resultado negativo, com retração de 2,07% no mesmo período, informa o jornal Valor Econômico. Excluídos os produtos do grupo intermediários para fertilizantes, que são os que lideram a pauta de importações, as compras externas apresentaram retração de 13,62% no trimestre. Segundo a Abiquim, em termos históricos, os patamares médios de volumes dos três primeiros meses deste ano expressam um dos piores períodos dos últimos dez anos.
Na média do trimestre, a taxa de ocupação da capacidade instalada da indústria química ficou em 76%, três pontos porcentuais abaixo da registrada um ano antes. Tomando como referência, os padrões internacionais de produção da indústria química, o ideal seria que as plantas estivessem operando entre 87% e 90%.
Quanto às exportações, a Abiquim defende que o governo eleve a alíquota do Reintegra para o máximo já previsto em lei no curto prazo e avalie a possibilidade de rever as taxas para patamares “mais realistas”, que “devolvam ao produtor local os impostos ‘escondidos’ ao longo da produção, que tiram a competitividade da exportação brasileira”.