A Abiclor é uma das 60 entidades empresariais que assina a “Carta Aberta – Energia para sair da crise” divulgada pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) com propostas emergenciais para resolver o problema do setor elétrico na crise.
O documento apresenta sugestões emergenciais que buscam preservar contratos e a atratividade dos investimentos sem onerar o consumidor, além da MP 950/20, que acolhe corretamente pequenos consumidores e permite socorro às distribuidoras de energia e às cadeias de pagamentos por elas suportadas. Mas essas medidas transfere novos custos aos consumidores, por meio de encargos cobrados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e terão como efeito indireto o achatamento do comércio, a redução do orçamento das famílias e o estrangulamento da indústria, sobrecarregando a produção, uma vez que os custos são pagos na proporção da energia consumida e não das contas finais.
Segundo cálculos apresentados na Carta Aberta o impacto das medidas pode chegar a um aumento de mais de 20% nas tarifas de energia. A indústria defende que a energia seja um elemento de foco na competitividade do País.
O que se observou ao longo do tempo foram distorções do setor nesse insumo essencial e crítico para o setor produtivo. Outras propostas para aliviar a situação da indústria consistem em um acordo para que a demanda de energia seja paga conforme o valor utilizado e não o contratado, rateio dos custos da crise entre todos os agentes da cadeia e não apenas os consumidores, deslocamento dos prazos de contratos de geração para compensação futura quando a economia for retomada e aceleração da modernização do setor elétrico.