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A química por trás da proteção esportiva

A química por trás da proteção esportiva

São inegáveis os benefícios que o esporte proporciona para a saúde humana. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a atividade física regular ajuda a prevenir e a controlar diversos tipos de doenças, entre elas as doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer. Juntas, essas três enfermidades causam quase três quartos das mortes no mundo todo. A prática esportiva também contribui para a redução de sintomas de depressão e ansiedade, proporcionando bem-estar geral.

Mas, para garantir os benefícios da prática esportiva, segurança é fundamental. Antes de começar, o ideal é realizar uma avaliação física com profissionais qualificados e, para evitar lesões, aconselha-se o uso de equipamentos de proteção. E é aí que entra a indústria química – a responsável pela produção e fornecimento de matérias-primas essenciais para a fabricação de equipamentos de alta tecnologia, que fornecem proteção aos esportistas.

A soda cáustica, por exemplo, muito conhecida pelo seu uso em produtos de limpeza como o sabão, é essencial para a produção de policarbonato. Este termoplástico pode ser moldado em diversos formatos pois, como o próprio nome diz, ele amolece quando aquecido. À temperatura ambiente, porém, o policarbonato torna-se rígido e extremamente resistente ao impacto, ao mesmo tempo em que é leve: um composto perfeito para a fabricação de capacetes e óculos de proteção.

A soda cáustica também é utilizada para a fabricação do nylon, utilizado em tecidos de alta resistência, que fazem parte do vestuário dos atletas amadores e profissionais. As roupas produzidas com nylon apresentam elasticidade, maciez, leveza e durabilidade, e ainda facilita a transpiração.

Outro composto versátil muito utilizado em artigos esportivos é o poliuretano. Ele também está na cadeia da indústria de cloro-álcalis, pois sua fabricação demanda derivados clorados. Este material resistente e expansível pode ser encontrado em bandagens, joelheiras e cotoveleiras, no acolchoamento de luvas de boxe e até mesmo pisos para quadras poliesportivas.

O cloro também está presente nos macacões utilizados por pilotos de corrida. Esse elemento químico entra na composição das fibras de aramida, um material leve, forte e resistente ao calor e a choques mecânicos.

De acordo com a Associação pela Indústria e Comércio Esportivo (Ápice), o mercado de produtos esportivos de vestuário no Brasil faturou R$ 9 bilhões no primeiro semestre de 2021 e colocou em circulação 81 milhões de peças, incluindo 26 milhões de pares de calçados, 41 milhões de peças de roupas e 14 milhões de acessórios.

“É uma satisfação saber que nossa indústria está na base de diversos setores econômicos, gerando empregos em cada elo da cadeia e contribuindo para a saúde, a segurança e a qualidade de vida de milhões de brasileiros, todos os dias”, destaca Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados.

A química por trás da proteção esportiva
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