Importante para a despoluição do Rio Tietê, a ETE Barueri atende mais de 7,7 milhões de habitantes
Em operação desde 1988, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barueri – a maior da América Latina – foi projetada para atender a maior parte da cidade de São Paulo e a totalidade de outros oito municípios da região metropolitana: Cotia, Jandira, Itapevi, Barueri, Santana do Parnaíba, Carapicuíba, Osasco e Taboão da Serra. Parte da população das cidades de Embu das Artes e Itapecerica da Serra também é coberta pela grande unidade de tratamento.
Localizada na margem esquerda do Rio Tietê, a ETE foi ampliada e modernizada com uma série de melhorias entregues desde 2017, como parte do Projeto Tietê. Assim, a estação alcançou a capacidade instalada para tratar 16 mil litros por segundo, operando com vazão média atual de 13 mil litros por segundo: a população atendida é de aproximadamente 7,7 milhões de habitantes.
Sustentabilidade e preservação ambiental
Além do colossal volume de esgoto tratado, a ETE Barueri produz 100 litros por segundo de água para usos internos. Esse volume é utilizado para realizar os processos de selagem de bombas, lavagem de ruas e pisos da estação dentre outros, numa iniciativa sustentável que preserva diariamente mais de 8 milhões de litros de água potável, suficiente para abastecer uma cidade de 50 mil habitantes.
O programa de ampliação da estação de tratamento foi acompanhado por uma série de obras para a implementação de mais de 230 quilômetros de tubulações, entre interceptores, coletores-tronco e redes coletoras, o que elevou a cobertura de esgotamento sanitário das cidades atendidas pela ETE Barueri.
Segundo cálculos da SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), a maior capacidade da ETE e a ampliação da rede de coleta resultaram em impressionantes 561 milhões de litros diários de esgoto, sem tratamento, que deixarão de ir para o Rio Tietê e afluentes.
A ampliação da ETE Barueri foi uma obra importante do Projeto Tietê, cujos investimentos em coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo superaram US$ 2,7 bilhões, desde 1992. A mancha de poluição no Rio Tietê diminuiu mais de 390 quilômetros (74% do total), desde 1993.
Como funciona a ETE Barueri
O processo utilizado na ETE Barueri é do tipo Lodos Ativados Convencional, constituído por duas fases: líquida e sólida.
A fase líquida engloba os tratamentos preliminar, primário e secundário (processos biológicos de oxidação); ao final, o efluente clarificado é encaminhado para o Rio Tietê. A clarificação é a remoção da maioria das partículas sólidas que compõe o líquido. No processo de produção de água residuária, a ETE Barueri consome 6 mil litros por mês de hipoclorito de sódio.
A fase sólida é formada pelo adensamento, digestão anaeróbia e desidratação mecânica do lodo, que é posteriormente encaminhado ao aterro sanitário para disposição final. A destinação ambientalmente adequada do lodo é um desafio da ETE e também para as Estações de Tratamento de Água (Leia mais).
