O ano de 2022 está se consolidando como um marco negativo para o controle da disseminação das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em junho, ultrapassamos a marca de 1,1 milhão de casos de dengue, de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Se seguir neste ritmo, o Brasil terá o pior ano do controle da transmissão da doença desde 2019, quando atingimos 1.544.987 registros.
No caso da Chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti, o número de casos desse ano acabou de superar o total registrado no ano passado. Em 2021, foram 96 mil ocorrências, enquanto até 17 de junho, os casos constatados em 2022 ultrapassaram a marca de 108 mil. A evolução epidemiológica da Zika segue o mesmo padrão: com 5.700 casos constados até o momento, o ano de 2022 pode ultrapassar os cerca de seis mil registros de 2021.
O combate ao mosquito não pode cessar
Mesmo com o início do inverno, quando há menos chuvas e a velocidade de reprodução do Aedes aegypti é menor, os especialistas alertam para a necessidade de seguir as recomendações de combate ao mosquito.
A eliminação de possíveis criadouros é a principal forma de prevenção contra dengue, Chikungunya e Zika. O hipoclorito de sódio, conhecido comercialmente como água sanitária, é um aliado importante: a eficácia do produto para matar as larvas do mosquito, eliminando possíveis criadouros, é cientificamente comprovada.
A Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), por meio da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, realizou um estudo para investigar os resultados do emprego de hipoclorito de sódio contra larvas do Aedes aegypti. Os resultados revelaram que a água sanitária impede o desenvolvimento das larvas, que acabam morrendo. A pesquisa foi realizada a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), em 2008.