A Unicef Brasil, Banco Mundial e SIWI (Stockholm International Water Institute), lançaram na semana passada uma nota técnica destacando a importância do saneamento básico, especialmente para prevenção da covid-19. Denominado “O papel fundamental do saneamento e da promoção da higiene na resposta ao covid-19 no Brasil”, o documento foi publicado em agosto e traz dados sobre a situação brasileira.
De acordo com o Programa Conjunto de Monitoramento da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Unicef para saneamento e higiene, no Brasil, 2,3 milhões de pessoas não usam fontes de água seguras para consumo humano e para realizar sua higiene pessoal e doméstica e mais de 100 milhões de pessoas não possuem acesso ao esgotamento sanitário seguro. Desse total, 21,6 milhões usam instalações sanitárias não adequadas, enquanto 2,3 milhões defecam a céu aberto.
“A falta de acesso é especialmente acentuada nos segmentos de baixa renda, nas aldeias indígenas e nas periferias urbanas, assentamentos informais e favelas, onde vivem aproximadamente 13 milhões de brasileiros”, diz a nota.
Com relação aos locais públicos, o mesmo documento mostra que 39% das escolas no Brasil não dispõem de estruturas básicas para lavagem das mãos, 74,5% dos estabelecimentos de saúde (excluindo os hospitais) dispunham de serviços limitados de esgotamento sanitário, e 1,3% não tinha acesso a nenhum serviço.
Os órgãos internacionais ainda ressaltaram para importantes ações nacionais realizadas para o combate pandemia como: distribuição de kits de higiene para comunidades menos favorecidas, feitas por ONGs e empresas do setor privado, não suspensão de água para os consumidores inadimplentes e campanhas de conscientização de higiene.
O novo Marco de Saneamento, aprovado em junho, prevê o acesso ao abastecimento de água para 99% da população e o acesso à rede de esgotos a 92% dos brasileiros até 2033.
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