A produção da indústria química brasileira encolheu 7,07% entre janeiro e maio deste ano, dificultando o encerramento do ano com uma produção ao menos estável em relação a 2013.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional, ficou praticamente estável nos cinco primeiros meses, com queda de 0,3%, o que indica que os importadores estão ganhando espaço no mercado brasileiro, informa o jornal Valor Econômico. A previsão mais otimista é a de estagnação no acumulado do ano.
Em entrevista para o Valor, a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, afirmou que esse desempenho reflete a contínua perda de competitividade do produto brasileiro. “Existe excedente lá fora que chega ao Brasil com preços marginais, até porque é vantajoso para indústria operar a plena carga”, explicou.
Em maio, de acordo com dados da Abiquim, o Brasil importou US$ 4,2 bilhões em produtos químicos, aumento de 19,5% em relação a abril e de 9,2% em relação a maio de 2013. No acumulado dos cinco meses, foram importados US$ 17,4 bilhões em químicos de uso industrial, valor 3,7% menor do que no mesmo período do ano passado, mas volume 8,4% superior na mesma comparação.
Por sua vez, as exportações brasileiras de produtos químicos alcançaram US$1,2 bilhão em maio, crescimento de 10,3% em relação a abril, mas com queda de 2,6% em relação a maio de 2013. No acumulado do ano, até maio, as vendas externas somaram US$ 5,7 bilhões, 4,3% a menos do o registrado no mesmo período do ano passado.
Fonte: Valor Econômico, 04/07/2014