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OCDE: Demanda por água crescerá 55% até 2050

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), reportados na edição desta quarta-feira (30/10), pelo jornal Valor Econômico, a demanda mundial por água crescerá 55% até 2050, quando a população mundial chegará a 9 bilhões de pessoas. Com 2 bilhões de pessoas a mais no planeta será preciso assegurar que todos esses habitantes tenham água para beber, produzir alimentos, produtos, realizar tarefas domésticas, gerar energia e fazer sua higiene pessoal.

“Desse total de 9 bilhões, cerca de 40% viverão em regiões com situação de estresse hídrico”, alerta Kathleen Dominique, diretora do Programa Água, da OCDE, que participou no Rio de Janeiro, do evento Água e Indústria: Oportunidades e Desafios para o Desenvolvimento do Brasil, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O crescimento da demanda ocorrerá em todas as esferas e terá profundos impactos sociais e econômicos. Enquanto o consumo doméstico subirá 130% no período, a demanda provocada pela geração termelétrica aumentará 140% e o uso de água pela indústria vai crescer mais de 400%.

Ainda segundo o Valor, seja pelo viés econômico, ambiental ou social, a cada dia se torna mais urgente preservar a qualidade das águas em rios, lagos e mananciais. O desafio vai exigir um gigantesco esforço global de governos, empresas e sociedade, e a preservação desses recursos dependerá em grande medida da indústria do saneamento.

A reportagem aponta, que, o Brasil, dono de uma das maiores reservas de água doce do mundo, tem um gigantesco dever de casa a fazer na área de saneamento. As metas do Milênio da ONU determinavam que até 2015 o país deveria reduzir em 50% o número de pessoas sem acesso a saneamento básico, usando como base inicial os dados relativos a 1990, objetivo que não será atingido. Os dados mais recentes mostram que o Brasil está longe da meta da ONU e muito distante da universalização do serviço, prevista para os próximos 20 anos no Plano Nacional de Saneamento Básico do governo federal.

 

Fonte: Valor Econômico – edição de 30/10/2013