Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o apagão ocorrido em agosto deste ano, no Nordeste do país, refletiu no setor industrial da região. Entre os Estados mais afetados, está a Bahia, que teve queda de -8,6% entre todas as unidades da Federação pesquisadas pelo IBGE.
Após cinco meses em expansão, essa foi a primeira queda registrada no Nordeste, uma vez, que, a indústria baiana demanda muita energia pois é focada nos setores de química e petroquímica. Segundo a pesquisa do IBGE, a perda foi de 2,2% em toda região Nordeste.
“A indústria química sofre mais os efeitos da falta de energia porque, quando uma unidade tem de ser desligada, ela demora muito tempo, um ou dois dias, para voltar a operar”, diz Rodrigo Lobo, técnico do IBGE, ouvido pelo jornal Folha de S. Paulo.
Ainda segundo Lobo, a indústria vive nos últimos meses “um movimento de clara perda de dinamismo”. Em 10 das 14 áreas pesquisadas pelo IBGE, a produção caiu de maio a agosto, período no qual a média nacional recuou 3,1%. Em São Paulo, a produção cresceu 0,6% de julho para agosto –resultado que não compensa a queda de junho para julho, de 4,5%.
Fonte: Folha de S. Paulo, edição de 9/10/2013