Vazamentos nas tubulações, fraudes, erros de leitura de hidrômetros e roubos estão entre as principais causas do desperdício de água potável no Brasil e atingem mais de 30% das cidades brasileiras, de acordo com estudo do Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados com base nas 100 maiores cidades do Brasil.
O indicador médio de perdas de água nas 100 maiores cidades foi de 34,40%, o que representa uma melhoria frente os 39,50% de 2017. O porcentual também é inferior à média nacional no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2018, que foi de 38,5%.
A cidade que apresenta maior desperdício é Porto Velho, em Rondônia, com perdas de 77,11%. E a cidade com menor desperdício é Santos, no litoral sul de São Paulo, com apenas 14,32%. As perdas de água servem também para avaliar a eficiência dos serviços de saneamento básico nos municípios.
Dos 100 municípios considerados no estudo do Trata Brasil, apenas três possuem níveis de perdas na distribuição menores que 15%, índice considerado ótimo. Mais de 75% das cidades apresentam perdas superiores a 30%, o que mostra um grande potencial para melhorias.
O ranking contempla mais de 40% da população brasileira e todas as capitais do país. Ao analisar os números desde 2011, é possível concluir que os indicadores avançaram, mas abaixo da velocidade que precisavam.
A íntegra do estudo está disponível em http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking_2020/RELEASE_RANKING_DO_SANEAMENTO_2020_1.pdf
Fonte: Instituto Trata Brasil