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Vendas e demanda por produtos químicos crescem no 3º tri

Os dados relativos à produção, vendas e demanda por produtos químicos de uso industrial no terceiro trimestre corroboram a expectativa de retomada da economia. Na avaliação deste período comparado ao trimestre imediatamente anterior, os números são bastante positivos, principalmente por conta da base fraca de comparação: a produção cresceu 5,44%, as vendas internas 12,63%, enquanto a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), teve alta de 8,7%.

Na avaliação da diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, percebe-se uma melhora lenta porém gradativa, mas os índices ainda estão muito abaixo dos registrados em 2007. “Após quase três anos mergulhados em profunda crise, a expectativa é pela retomada consistente e duradoura da economia brasileira e, mais especificamente, da indústria. Mas, para isso, algumas medidas estruturantes e de longo prazo precisam ser tomadas. Apesar do alívio momentâneo, não se pode deixar de mencionar que a retomada da atividade econômica e da demanda interna voltará a pressionar os resultados da balança comercial de produtos químicos, quer pela falta de competitividade da indústria nacional, que não consegue competir com outros países, quer pela falta de produção local de uma série de produtos, especialmente daqueles ligados ao agronegócio, além do alto preço da matéria-prima e da energia”, analisa Fátima Giovanna.

A boa notícia, no entanto, é acompanhada da má: enquanto esses índices crescem, as importações crescem ainda mais. Entre julho e setembro de 2017, as importações de produtos químicos de uso industrial subiram 17% sobre o trimestre imediatamente anterior. No período de janeiro a setembro, as compras externas de produtos químicos aumentaram 27,9%, ocupando 37,8% da demanda nacional desses produtos, o maior índice já registrado desde o início da série. Já as exportações registraram arrefecimento com a variável mantendo-se praticamente estável na comparação com igual período do ano passado (+0,2%).

 

Fonte: Abiquim